Correntes femininas já tentam mudar tais costumes, fato certamente benquisto pelo lado viril; todavia, culturamente falando, sempre coube ao homem a iniciativa do flerte: seu hábito mais instintivo, mais peculiar, mais sapeca, mais precioso, mais maldoso e, por vezes, até o mais perigoso: quando, de exemplo, palavras erradas são colocadas, ou, noutras feitas, quando um galanteador mais ousado tenta arriscada paquera na pequena do próximo – ato já bem advertido no conhecido mandamento de outrora.
Flertar eterno. Reza lenda que a história toda começou com um primitivo macho que, de tacape em mãos, e pouca sutileza, puxando cabelos, tentava levar a moçoila da época em direção à sua caverna – à qual, em verdade, era pequena, mas, escurinha, e à luz de fogueira, trazia certo ar romântico e boa discrição.
Pois sim, desde muito flertamos as meninas de todos as épocas, de todos os lugares, ato bem experimentado e sempre ousado. Todavia, a revolução “flerteira”, se assim cabe proferir, surgiu mesmo com o advento da internet. E não penses tu, leitor virtual, que a figura que criou o primeiro MSN, ou o primeiro e-mail, o fez com fins lucrativos, empresariais ou algo do gênero. Não, de forma alguma. O tal, e lhes digo com a total certeza do mundo masculino, objetivava, sim, uma melhor comunicação com alguma paixonite da época. Não imaginava a figura, que faria a maior revolução da história em termos de relacionamentos, fazendo com que milhões de amantes virtuais buscassem hoje, num corriqueiro e prático xaveco eletrônico, sua sorte. Aliás, acaso alguma formosa leitora – de boa índole, e que aprecie o estudo das cavernas se interessar – favor deixar o contato logo abaixo.