sexta-feira, março 21, 2008

Da redundância

Um homem subiu pra cima da casa com o intuito de arrumar o telhado que ficava lá em cima. Acabou caindo pra baixo e, girando em voltas, se espalhou, esparramando-se pelo chão, bem no piso, onde se caminha e se anda. Se levantou pro alto ,e, envergonhado, encabulou-se. Desapareceu, sumindo por uns dias sem ser visto. Uns falaram que tentara se auto-suicidar-se a si mesmo, mas depois se calaram entre eles mesmos, e também não disseram palavra alguma quando fecharam a boca. Um dia, de repente, voltou cambaleando, sem dizer tropicando com as próprias pernas que tinha. E, pela rua, cantando cantigas musicadas para serem cantadas, se distraía, absorto e disperso. Diziam que queria mudar, dar um giro de 360 graus em sua vida, como citam num destes velhos ditados conhecidos por todos e nós mesmos. O fato é que essa estória tão boba não importa muito em demasia, pois aconteceu há muito tempo, pra ser precisamente exato, correto e certo, há dez anos atrás, penso eu, aqui, neste lugar, comigo mesmo.