sexta-feira, fevereiro 10, 2006

Dos pensamentos

...Pensava. Como sempre se pegava longe, assim distante, num lugar qualquer. Voava na segurança do chão, mas na instabilidade de pensamentos inexatos. Pensava nela, obviamente. Como sempre. Nessas horas sua razão era tão confiável quanto dependurar-se em árvore de galhos secos, fracos, batidos pelo tempo. De fato, pensava nela. Perdia ou ganhava horas vagando sem rumo nesses tempos infinitos, insanos, criados somente para as situações do amor. Aquelas em que todos passamos, passaremos. Caídos na perda da razão e no achado da insensatez. Não vivia, senão ela e mais ela. Criou no seu mundo ela e ela então criou-se cada vez mais madura e inerente à ele que mal conseguia distinguir entre o meu e o teu, a minha ou a tua. Criou o nosso, o deles, tudo o que poderia significar a transformação do dois em um. A razão de maneira alguma entraria em seus pensamentos, no pensamento deles, não era bem quista nesse mundo, nesse tempo. Não era tempo ou necessidade da razão. Nunca fora usada para esse tipo de mundo. Não era desse mundo. Pensava nela...